LAIZ
A Laiz é um ideal meu de ser mulher (tenho vários), é tipo meu alter ego: mãezona de dois meninos lindos, artista, publicitária, fotógrafa, empresária (UV Studio), blogueira (Dias de Mamis), tudo que ela faz é lindo, é bem feito, é alegre e é criativo. Nós nos conhecemos há 4 anos, já fizemos várias coisas juntas e há muito tempo eu queria fazer fotos com ela.
Antes de começar o ensaio ela comentou de como eu mudei desde que ela me conheceu. Divagamos sobre nossos estilos, que estilo é algo que a gente cria e muda ao longo da vida, e ao mesmo tempo, ele está presente desde o início de algum jeito em todas as fases.
Falar publicamente sobre meus sentimentos e percepções é uma coisa nova para mim...porém não é difícil falar de uma pessoa que sempre me incentivou, em todos os nossos encontros, pessoais ou virtuais.
A Laiz é uma pessoa difícil da gente acreditar que existe, ela é legal, cool, engraçada, criativa, charmosa, ela é alta e magra (rs).
A Laiz foi a pessoa que me incentivou a fazer o curso de maquiagem profissional...A Laiz levou adiante o blog sobre maternidade... A Laiz faz comidas gostosas e naturebas... A Laiz sabe o que quer e corre atrás...
Obviamente essa convivência desperta em mim o meu próprio lado artista, ousado, desinibido (omg).
Ainda continuo estudando os fatores influenciam o estilo, desde a personalidade, biotipo, história de vida, experiências, mas parece que um dos mais decisivos são as pessoas com quem a gente convive.
Laiz, com certeza tudo que estou fazendo vem daquela conversa por telefone com você.
Aprendi com a Laiz que amigo é aquela pessoa que acredita na gente, e que nos ajuda a acreditar também. Isso tem uma grande influência em todo o meu estilo atual.
Gostar de mim, do que eu faço, das minhas ideias malucas (¨não acho maluca, acho bem legal¨), acreditar nos meus talentos e nos meus sonhos; acreditar na arte, acreditar em mim mesma...tudo isso eu desenvolvo cada vez que estou com a Laiz.
Espero e desejo que possamos fazer muuitos ensaios, ter muitas conversas, curtir uma à outra e que nossos filhos e maridos sejam bons amigos...
JOÃO LUCAS
Ficar grávida, ter meu filho, amamentar, cuidar dele, foi e é um processo incrível para mim. Além de eu ter ganho muito peso e ter mudado muito as minhas formas, e depois ter emagrecido tudo e mudado muito de novo, eu me senti muito maravilhosa em todo o processo, feminina como nunca antes. Para ser honesta, eu tenho bastante dificuldade de me lembrar de como eu era antes do João...
Mas eu lembro que depois de me ¨largar¨durante meses e ser apenas mãe, eu quis me cuidar e ficar bonita para mim e pelo meu filho, para eu ser um mãe legal e bonita e não uma mãe chata, dolorida e frustrada com o corpo.
Eu lembro que quando não tinha filho tinha muito medo...de não dar conta, de não ter paciência, entre outras coisas. Foi muito maravilhoso descobrir que dou conta sim, tenho paciência sim, tenho limites também mas eles são bons e necessários.
Sobre o corpo e o estilo, assim que engravidei fiquei com os seios e os quadris enormes e só fui aumentando. Sentia muito calor e me recusei a comprar roupas de grávida. Passei a usar muita regata preta com legging preta, coisa que eu ja-mais faria antes, me achava linda e maravilhosa. Comprei uma camisa branca bem linda, com recortes no colo e no busto e uma manguinha tipo japonesa pois meu bracinho estava enorme.
Depois que eu tive o João nenhuma roupa de antes me servia ou me agradava. Que fase! Eu estava enorme, sem vontade de fazer dieta e malhar...queria amamentar meu filho e curti-lo, então comprei alguns agasalhos muito lindos (um Adidas cinza e pink; um Nike cinza e azul claro, e um marca Decatlon, preto), e foi a melhor coisa que eu fiz. Resolvi todos os meus problemas para amamentar, passear com João, para ficar confortável, para ficar apresentável.
Quando João tinha 7 meses, eu estava uns 15 quilos acima do peso. Fomos passar uns dias em Bombinhas, e lá numa lojinha encontrei um vestido preto milagroso, ele tinha um decote V e uma faixa na cintura, que era bem alta, ele escondia exatamente onde eu estava gordinha. Eu ficava magra e alta com ele (risos!), usei muito enquanto emagrecia de verdade. Ele é a prova que certos cortes, tecidos e cores emagrecem.
Ontem o João me sugeriu uma blusa para eu usar hoje, ¨você fica bem bonita com ela¨, e hoje ele me disse ¨mãe, passa esse baton, você fica tão lindinha¨.
Ser mãe do João me motivou a me cuidar, me amar, me arrumar para sair com ele, para busca-lo na escola. Adoro vesti-lo e escolher roupas para ele. Nós passeamos nas lojas para ver roupas e recortamos revista juntos. Ele recorta carros e Bem 10 para ele, roupas e relógios para mim. Ele pede para eu usar batom e deixar o cabelo solto.
Jamais esperei viver uma emoção tão maravilhosa quanto meu filho me ajudando a me arrumar e notando as coisas que eu uso!
PARIS
Viajar sem dúvida é o que mais me amplia os horizontes, a mente. Lembro a primeira vez que vi uma mulher de burca, foi no metrô de Paris. De todos as cidades que já visitei... incríveis e apaixonantes... Paris é a mais linda. Talvez porque sempre gostei muito de história, Monarquia Francesa, Revolução Francesa, libertè, igualitè, etc.
No meu modo de entender, o estilo da parisiense é tão incrível porque ela herdou dois mundos, de um lado a monarquia pomposa onde a aparência é tudo, e de outro os valores iluministas que fizeram a Revolução (liberdade, igualdade, fraternidade).
As roupas da parisiense são sempre ¨as mesmas¨ (calça branca, suéter azul, saia preta, blazer colorido, jaqueta de couro, jeans, saia lápis marrom, casaco preto...). Sapato quase sempre pretos e de salto baixo. Mas a forma de usar...ah, quanta diversidade...acessórios...toques pessoais...
O estilo francês valoriza a personalidade, a individualidade. A forma e a intenção com que a pessoa usa uma roupa é mais importante que a roupa em si...
Estar lá para mim é algo surreal e é difícil achar normal caminhar nas ruas por entre prédios históricos, boutiques chiquérrimas, jardins, museus imensos e obras de arte...
Prefeitura de Paris.
Uau...os chocolates em Paris são demais.
A cidade por si só é um arraso de arte, história e moda. Para minha sorte, andando na Champs Eliseè, dei de cara com uma exposição para divulgar os 90 anos da edição francesa da revista Vogue, com 90 capas selecionadas pela sua importância para a revista e para moda. Meu coração quase parou...
A editora da revista na época, Carine Roitfeld, dizendo que a imagem que impacta agradavelmente é algo subjetivo, e que receita é ser fiel a si mesma.
Aqui algumas das minhas fotos:
Na parte de baixo, em todas as capas havia escrito o nome da modelo, do fotógrafo ou artista, data, qual a importância dela para estar ali.
Paris, Paris...curti cada segundo, cada momento e me senti totalmente em casa...
Meninas, espero que isso que escrevi sirva para inspira-las a identificar pessoas, coisas, experiências que influenciam seu estilo hoje, e desenvolve-lo ainda mais.
Grande beijo,
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